A planta nem é tão grande: este dúplex, localizado no bairro de Moema, zona sul de São Paulo, tem 120 m². Na parte superior ficam o quarto e o banheiro. No andar de baixo, a sala – à qual foi anexado o segundo quarto –, a cozinha e a área de serviço, que somados dão 32 m². A decisão de eliminar um cômodo foi tomada pelo arquiteto e proprietário Mauricio Karam, que desejava ter um sofá profundo, mais para relaxar e menos para receber visitas. Truques ousados viriam a seguir, como abrir mão da espaçosa escada caracol, que se impunha no meio do ambiente. No lugar veio outra, mais estreita, com apenas 85 cm de comprimento, modelo Santos Dumont, cujos degraus são alternados. Feita de chapas de ferro dobradas, a nova escada é discreta e, segundo o arquiteto, suporta peso normalmente. “Amigos que pesam mais de 100 quilos já fizeram o teste”, brinca.
De frente para o sofá, a parede inteira preta camufla a TV. Mais do que isso, a cor dá sensação de profundidade – ótima para espaços pequenos. No lugar de um rack, há duas prateleiras paralelas, para o home theater. “A profundidade das prateleiras, de 65 cm, ajuda a disfarçar os fios”, explica Karam. Repare: esse móvel e a mesa da cozinha não têm pés, outra boa solução para metragens reduzidas. As prateleiras foram fixadas na parede. A mesa onde cabem até cinco pessoas, por sua vez, está pendurada no teto por cabos de aço. O profissional explica como funciona: na laje é chumbada uma barra metálica, onde são presos os cabos. O forro de gesso, feito por último, torna invisível toda essa estrutura. Unificar os pisos também deu certo. Tanto na sala como na cozinha, as pranchas de laminado claro trazem conforto e amplitude – apenas a área da pia e do fogão tem revestimento de pastilhas.
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Fonte: Revista Casa e Jardim