Júnia Leticia - Estado de Minas
Publicação: 18/12/2011 13:00 Atualização: 18/12/2011 13:13
Clique aqui e veja mais fotos das cozinhas!
Na busca pela otimização, além da figura geométrica vale apelar até para o alfabeto. Aí, surgiram as cozinhas em forma de “U”. De acordo com Izabel Souki, nesse tipo de projeto sempre é possível instalar armários até o nível da cintura nas duas paredes e optar por móveis altos. “Se tiver espaço, o ideal é transformar uma das bancadas em área de refeições”, acrescenta. Esses são alguns artifícios usados por profissionais desde que foi notada a redução da cozinha, o que vem ocorrendo nos últimos 15 anos, conforme explica o decorador Alberto Radespiel. Ele atribui esse fenômeno ao grande crescimento da construção civil. “As empresas passaram a dar mais ênfase aos espaços sociais e os chamados espaços gourmets caíram no agrado de todos”, observa.
Por outro lado, há ainda a mudança no hábito das pessoas, que deixaram de almoçar em casa com a família reunida e passaram a optar pelos restaurantes de comida a quilo. “Até por comodidade e praticidade, muitas pessoas vão em casa somente à noite, fazendo só uma outra refeição em casa”, comenta Alberto. Para acompanhar as exigências da vida moderna e, ao mesmo tempo, atender quem aprecia o hobby de cozinhar, surgiu a necessidade de pensar soluções que contemplem esse novo modo de vida. “E a tecnologia acompanhou a demanda do ‘cozinhar virou moda’. Não há quem não se encante por uma cozinha bem montada, equipada corretamente, por menor que ela seja. Simples ou sofisticada, é um ‘santuário’ na casa”, diz o decorador.
Izabel Souki também reconhece que as mudanças nos hábitos familiares influenciaram na redução do ambiente. “Muitas pessoas fazem suas refeições principais fora de casa, o que contribui para que a necessidade de cozinhas grandes diminua. Além disso, as salas e áreas sociais estão cada vez maiores, reduzindo, assim, os demais ambientes”, explica. Com isso, ela nota que a demanda para reformar e decorar cozinhas tem aumentado significativamente.
INFLUÊNCIA
A explosão no mercado da construção civil, como denomina a designer de interiores Josy Moura, assistida principalmente com o surgimento dos programas de incentivo do governo – como o Minha casa, minha vida –, foi determinante para a alteração das dimensões dos espaços. “Para aproveitar esse mercado, as construtoras precisavam manter os imóveis em um determinado valor máximo para receber o incentivo”, interpreta. Como uma das formas de se baixar o preço dos imóveis é reduzir seu tamanho, isso foi feito de uma maneira geral. “Essa tendência também refletiu nos empreendimentos de alto padrão.”
Mas nem mesmo a dinâmica da vida agitada alterou o prazer do mineiro de reunir a família e os amigos em volta do fogão. Mesmo que há muito tempo ele tenha deixado de ser a lenha – pelo menos na capital –, a tradição da arte culinária, conhecida e apreciada nacionalmente, está mais forte do que nunca e ressurge com novas nuances. Da cozinheira que capricha em fazer do trivial uma iguaria invejada por chefs de cozinha aos novos gourmets, que surgem com cada vez mais força, o espaço não deixou de ser um local onde as pessoas se reúnem para fazer refeições regadas a uma boa prosa.
INVESTIMENTO
Com tantas informações, agora é fazer o planejamento orçamentário para verificar a viabilidade da obra. Tanto no caso do projeto como da mão de obra para execução há uma grande variedade de preços no mercado. “Depende muito dos profissionais envolvidos e das soluções adotadas. É muito importante avaliar o conhecimento dos profissionais”. Para se ter uma noção do que é possível fazer com diferentes orçamentos, ela diz que com R$ 5 mil é possível trocar as bancadas da cozinha. “Com uma verba de R$ 10 mil conseguimos inserir também alguns eletrodomésticos novos. Quando aumentamos para R$ 20 mil, sugerimos a troca de armários planejados e quanto maior a verba, maior a aquisição de armários, eletrodomésticos e materiais de maior qualidade e requinte”, diz Izabel Souki. Mas, na busca por uma cozinha compacta e funcional, é possível tomar atitudes que possibilitem economia. “Para quem quer baratear a execução de uma reforma, uma boa dica é assumir o que tem no espaço e dar charme ao ambiente aplicando cores nas marcenarias existentes. A pintura em
laca oferece uma cartela imensa de cores.”
CRIATIVIDADE QUE AMPLIA ESPAÇOS
Opções como cozinhas montadas e feitas sob medida são as grandes apostas para quem quer aproveitar ao máximo o ambiente. Para isso, é preciso saber a diferença entre elas
Mesmo a cozinha sendo pequena – às vezes, minúscula –, com criatividade e, principalmente, organização, é possível criar espaços para cada item necessário no dia a dia, conforme explica engenheira civil Izabel Souki. “Entre os aspectos que devem ser observados na hora de decorá-la podemos destacar os eletrodomésticos, as bancadas de trabalho e lanche, os armários, os pontos elétricos e os pontos hidráulicos”, cita.
A versatilidade desse ambiente, mesmo sendo compacto, decorre, em parte, das inúmeras possibilidades disponíveis no mercado. “Desde os modulados encontrados em lojas de departamentos, que você compra e leva para casa adequando ao seu espaço, como os móveis executadas por marceneiros sobre projetos ou por empresas especializadas do mercado de luxo”, diz o decorador Alberto Radespiel.
Para quem quer rapidez na composição do espaço, a melhor opção é investir nas moduladas, que ainda têm como vantagem o custo mais acessível quando comparado com as feitas sob medida. “Comprar pronta é simples, econômico e prático. Comprou, levou. Mas nem sempre com o aproveitamento correto do espaço”, adverte Alberto.
Optar por móveis planejados garante melhor aproveitamento do ambiente e o resultado é muito satisfatório. “Pode-se escolher cores, ferragens (dobradiças, corrediças, puxadores, aramados internos), onde ficará cada equipamento, como micro-ondas, forno, lava-louça e geladeira”, enumera Alberto.
Em favor dos móveis planejados há a vantagem de maior aproveitamento do espaço, como observa a decoradora Dênia Diniz. “Contudo, pode ser mais demorado, já que o que é feito sob medida não tem condição de ser entregue com a rapidez de peças produzidas em série”, lembra.
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A possibilidade de personalização e, consequentemente, a funcionalidade são aspectos destacados por Izabel Souki. “Podendo, assim, ser adequada à realidade das pessoas que usam o ambiente”, indica. Segundo ela, quando se opta pela compra de uma cozinha já montada, apesar de haver excelentes opções no mercado, pode não encaixar tão bem nas peculiaridades dos usuários. “Um exemplo disso é o número de pessoas que fazem refeições na cozinha. Na planejada, o tamanho da bancada ou mesa de lanche será bem dimensionada para isso”, completa.
No caso de quem escolha encomendar os móveis que farão parte da cozinha, é necessário cuidado ao contratar a mão de obra. “Na hora de escolher esse profissional, é preciso levar em conta o conhecimento dele em projetos e execução, já que a funcionalidade para esse ambiente é de extrema importância”, ressalta Izabel Souki. Para se ter uma ideia da série de aspectos a serem considerados na hora de fazer o projeto, a especialista em decoração aponta as medições no local como um deles. “E entre os itens a serem observados estão o pé-direito, a localização de pontos hidráulicos, a iluminação natural do ambiente, existência de pontos elétricos, de pilares e vigas”, indica.
Alberto Radespiel explica que o primeiro passo para projetar o espaço é fazer um estudo sobre ele. “Depois, é feito um estudo do layout e apresentado ao cliente. Assim que aprovado por ele, o projeto é detalhado e passado para a execução ao marceneiro ou empresa especializada”, explica o decorador.
SOLUÇÕES
Independentemente da escolha, Izabel Souki diz que é possível viver bem em espaços compactos, desde que usadas soluções modernas, que deixam o ambiente funcional e aconchegante. “Marcenarias bem projetadas ajudam a manter a ordem, aproveitando cada espaço existente. Além disso, reformas que unem cozinha com salas oferecem ideia de amplitude e modos racionais de ocupar esses espaços”, sugere.
Aliás, é a marcenaria o ponto-chave em cozinhas com dimensões reduzidas. O recurso é um ótimo aliado para a criação espaços multiuso e práticos, conforme Izabel. Para usá-la de forma adequada, é necessário observar alguns aspectos.
ILUSÕES DE ÓPTICA
Fazendo as escolhas adequadas, é possível otimizar ao máximo o espaço. Tanto que pode-se até pensar em inserir recursos que, à primeira vista, podem ser totalmente inviáveis. “Quem tem um pouco mais de espaço e pensa em colocar mesa na cozinha, mas ainda assim não tem medida necessária para movimentação de cadeiras, um banco suspenso com futons pode ser uma solução”, sugere Izabel.
Para maximizar os espaços, cada profissional tem uma sugestão que faz verdadeiros milagres na cozinha, como é o caso da designer de interiores Josy Moura. “Atualmente, tenho projetado soluções, como gavetões para panelas sob as bancadas, fogões tipo cooktop que possibilitam a utilização de armários na parte inferior, armários de canto e torres para acomodação fornos e demais eletrodomésticos.”
A substituição do fogão tradicional por cooktop também é apontada por Alberto Radespiel como muito bem-vinda. “Embutido sobre bancada de mármore, granito, cilestone, é uma ótima maneira de ganhar espaço. Com o uso dos cooktops, as bancadas ficaram livres. E no lugar do forno do fogão tradicional, sempre projeto gavetões, que são práticos e dão ar de modernidade à cozinha.”
Para acomodar eletrodomésticos e portáteis, a solução é otimizar os espaços existentes em volta deles. “No caso da geladeira, do micro-ondas e do forno, prefiro colocá-los embutidos em armários, sendo que as laterais podem ser aproveitadas para vários fins: adegas, copos, temperos e até mesmo adornos”, diz Alberto Radespiel.
Izabel Souki diz que é possível encaixar a TV na cozinha em placa de madeira na porta de armários. “Ela deve ser protegida por lâmina de vidro temperado. Mas a essa solução nem sempre é possível recorrer sem um projeto, já que é necessário prever pontos elétricos e rede de TV para isso.”
Entretanto, as alternativas não se restringem apenas ao mobiliário e eletrodomésticos. Os revestimentos também podem ser utilizados de modo a transmitir sensação de amplitude. Basta escolher corretamente. “Pisos na diagonal dão sensação de amplitude. Nas paredes, revestiu com fórmica dá um bom resultado e é mais econômico, pois o material pode ser colado sobre qualquer superfície”, diz Alberto Radespiel.
O emprego dos materiais, mesmo que seja observada a necessidade de amplitude, também deve ser feito conforme o estilo do ambiente e a frequência de uso da cozinha. “Moradores que usam o espaço para cozinhar somente nos fins de semana podem usar laca colorida nos armários. Os que a usam diariamente, é mais prudente optar por laminados nos armários, já que são mais práticos e fáceis de limpar”, indica Izabel.
COR
Para escolher as cores, a especialista diz que as escuras tendem a reduzir ainda mais o ambiente. Mesmo assim, elas podem ser usadas quando mescladas a outras. Entre as sugestões mais indicadas para a cozinha estão o vermelho ou laranja, que, de acordo com a cromoterapia, abrem o apetite.
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Quanto ao uso de pedras em bancadas, pisos e paredes, há muitas opções no mercado, segundo Izabel, e o interessado pode escolher entre as artificiais e as naturais. “Entre as opções de pedra natural está o granito e um exemplo de pedra artificial é o silestone ou corian, que tem uma gama de opções de cores para alegrar o ambiente. Um bom profissional fará uma bela composição.”
Na busca pela otimização, além da figura geométrica vale apelar até para o alfabeto. Aí, surgiram as cozinhas em forma de “U”. De acordo com Izabel Souki, nesse tipo de projeto sempre é possível instalar armários até o nível da cintura nas duas paredes e optar por móveis altos. “Se tiver espaço, o ideal é transformar uma das bancadas em área de refeições”, acrescenta. Esses são alguns artifícios usados por profissionais desde que foi notada a redução da cozinha, o que vem ocorrendo nos últimos 15 anos, conforme explica o decorador Alberto Radespiel. Ele atribui esse fenômeno ao grande crescimento da construção civil. “As empresas passaram a dar mais ênfase aos espaços sociais e os chamados espaços gourmets caíram no agrado de todos”, observa.
A designer de interiores Josey Moura diz que algumas intervenções podem fazer milagres na ampliação da cozinha |
Por outro lado, há ainda a mudança no hábito das pessoas, que deixaram de almoçar em casa com a família reunida e passaram a optar pelos restaurantes de comida a quilo. “Até por comodidade e praticidade, muitas pessoas vão em casa somente à noite, fazendo só uma outra refeição em casa”, comenta Alberto. Para acompanhar as exigências da vida moderna e, ao mesmo tempo, atender quem aprecia o hobby de cozinhar, surgiu a necessidade de pensar soluções que contemplem esse novo modo de vida. “E a tecnologia acompanhou a demanda do ‘cozinhar virou moda’. Não há quem não se encante por uma cozinha bem montada, equipada corretamente, por menor que ela seja. Simples ou sofisticada, é um ‘santuário’ na casa”, diz o decorador.
Clique para ampliar! |
INFLUÊNCIA
A explosão no mercado da construção civil, como denomina a designer de interiores Josy Moura, assistida principalmente com o surgimento dos programas de incentivo do governo – como o Minha casa, minha vida –, foi determinante para a alteração das dimensões dos espaços. “Para aproveitar esse mercado, as construtoras precisavam manter os imóveis em um determinado valor máximo para receber o incentivo”, interpreta. Como uma das formas de se baixar o preço dos imóveis é reduzir seu tamanho, isso foi feito de uma maneira geral. “Essa tendência também refletiu nos empreendimentos de alto padrão.”
Mas nem mesmo a dinâmica da vida agitada alterou o prazer do mineiro de reunir a família e os amigos em volta do fogão. Mesmo que há muito tempo ele tenha deixado de ser a lenha – pelo menos na capital –, a tradição da arte culinária, conhecida e apreciada nacionalmente, está mais forte do que nunca e ressurge com novas nuances. Da cozinheira que capricha em fazer do trivial uma iguaria invejada por chefs de cozinha aos novos gourmets, que surgem com cada vez mais força, o espaço não deixou de ser um local onde as pessoas se reúnem para fazer refeições regadas a uma boa prosa.
Especialistas dizem que, por menor que seja o ambiente, é possível transformá-lo em local agradável para preparar os alimentos e receber os amigos |
Com tantas informações, agora é fazer o planejamento orçamentário para verificar a viabilidade da obra. Tanto no caso do projeto como da mão de obra para execução há uma grande variedade de preços no mercado. “Depende muito dos profissionais envolvidos e das soluções adotadas. É muito importante avaliar o conhecimento dos profissionais”. Para se ter uma noção do que é possível fazer com diferentes orçamentos, ela diz que com R$ 5 mil é possível trocar as bancadas da cozinha. “Com uma verba de R$ 10 mil conseguimos inserir também alguns eletrodomésticos novos. Quando aumentamos para R$ 20 mil, sugerimos a troca de armários planejados e quanto maior a verba, maior a aquisição de armários, eletrodomésticos e materiais de maior qualidade e requinte”, diz Izabel Souki. Mas, na busca por uma cozinha compacta e funcional, é possível tomar atitudes que possibilitem economia. “Para quem quer baratear a execução de uma reforma, uma boa dica é assumir o que tem no espaço e dar charme ao ambiente aplicando cores nas marcenarias existentes. A pintura em
laca oferece uma cartela imensa de cores.”
O decorador Alberto Radespiel diz que redução das cozinhas teve influência na mudança de hábito das famílias nos últimos anos |
CRIATIVIDADE QUE AMPLIA ESPAÇOS
Opções como cozinhas montadas e feitas sob medida são as grandes apostas para quem quer aproveitar ao máximo o ambiente. Para isso, é preciso saber a diferença entre elas
Mesmo a cozinha sendo pequena – às vezes, minúscula –, com criatividade e, principalmente, organização, é possível criar espaços para cada item necessário no dia a dia, conforme explica engenheira civil Izabel Souki. “Entre os aspectos que devem ser observados na hora de decorá-la podemos destacar os eletrodomésticos, as bancadas de trabalho e lanche, os armários, os pontos elétricos e os pontos hidráulicos”, cita.
A versatilidade desse ambiente, mesmo sendo compacto, decorre, em parte, das inúmeras possibilidades disponíveis no mercado. “Desde os modulados encontrados em lojas de departamentos, que você compra e leva para casa adequando ao seu espaço, como os móveis executadas por marceneiros sobre projetos ou por empresas especializadas do mercado de luxo”, diz o decorador Alberto Radespiel.
Para quem quer rapidez na composição do espaço, a melhor opção é investir nas moduladas, que ainda têm como vantagem o custo mais acessível quando comparado com as feitas sob medida. “Comprar pronta é simples, econômico e prático. Comprou, levou. Mas nem sempre com o aproveitamento correto do espaço”, adverte Alberto.
Destacar eletrodomésticos, bancadas e armários é a recomendação da engenheira civil Izabel Souki na hora de fazer o planejamento da decoração das cozinhas compactas |
Optar por móveis planejados garante melhor aproveitamento do ambiente e o resultado é muito satisfatório. “Pode-se escolher cores, ferragens (dobradiças, corrediças, puxadores, aramados internos), onde ficará cada equipamento, como micro-ondas, forno, lava-louça e geladeira”, enumera Alberto.
Em favor dos móveis planejados há a vantagem de maior aproveitamento do espaço, como observa a decoradora Dênia Diniz. “Contudo, pode ser mais demorado, já que o que é feito sob medida não tem condição de ser entregue com a rapidez de peças produzidas em série”, lembra.
Clique aqui e veja mais fotos das cozinhas!
A possibilidade de personalização e, consequentemente, a funcionalidade são aspectos destacados por Izabel Souki. “Podendo, assim, ser adequada à realidade das pessoas que usam o ambiente”, indica. Segundo ela, quando se opta pela compra de uma cozinha já montada, apesar de haver excelentes opções no mercado, pode não encaixar tão bem nas peculiaridades dos usuários. “Um exemplo disso é o número de pessoas que fazem refeições na cozinha. Na planejada, o tamanho da bancada ou mesa de lanche será bem dimensionada para isso”, completa.
Especialistas dizem que, por menor que seja o ambiente, é possível transformá-lo em local agradável para preparar os alimentos e receber os amigos |
No caso de quem escolha encomendar os móveis que farão parte da cozinha, é necessário cuidado ao contratar a mão de obra. “Na hora de escolher esse profissional, é preciso levar em conta o conhecimento dele em projetos e execução, já que a funcionalidade para esse ambiente é de extrema importância”, ressalta Izabel Souki. Para se ter uma ideia da série de aspectos a serem considerados na hora de fazer o projeto, a especialista em decoração aponta as medições no local como um deles. “E entre os itens a serem observados estão o pé-direito, a localização de pontos hidráulicos, a iluminação natural do ambiente, existência de pontos elétricos, de pilares e vigas”, indica.
Alberto Radespiel explica que o primeiro passo para projetar o espaço é fazer um estudo sobre ele. “Depois, é feito um estudo do layout e apresentado ao cliente. Assim que aprovado por ele, o projeto é detalhado e passado para a execução ao marceneiro ou empresa especializada”, explica o decorador.
SOLUÇÕES
Independentemente da escolha, Izabel Souki diz que é possível viver bem em espaços compactos, desde que usadas soluções modernas, que deixam o ambiente funcional e aconchegante. “Marcenarias bem projetadas ajudam a manter a ordem, aproveitando cada espaço existente. Além disso, reformas que unem cozinha com salas oferecem ideia de amplitude e modos racionais de ocupar esses espaços”, sugere.
Aliás, é a marcenaria o ponto-chave em cozinhas com dimensões reduzidas. O recurso é um ótimo aliado para a criação espaços multiuso e práticos, conforme Izabel. Para usá-la de forma adequada, é necessário observar alguns aspectos.
Para a decoração Dênia Diniz, móveis feitos sob medida garantem melhor aproveitamento do local |
ILUSÕES DE ÓPTICA
Fazendo as escolhas adequadas, é possível otimizar ao máximo o espaço. Tanto que pode-se até pensar em inserir recursos que, à primeira vista, podem ser totalmente inviáveis. “Quem tem um pouco mais de espaço e pensa em colocar mesa na cozinha, mas ainda assim não tem medida necessária para movimentação de cadeiras, um banco suspenso com futons pode ser uma solução”, sugere Izabel.
Para maximizar os espaços, cada profissional tem uma sugestão que faz verdadeiros milagres na cozinha, como é o caso da designer de interiores Josy Moura. “Atualmente, tenho projetado soluções, como gavetões para panelas sob as bancadas, fogões tipo cooktop que possibilitam a utilização de armários na parte inferior, armários de canto e torres para acomodação fornos e demais eletrodomésticos.”
A substituição do fogão tradicional por cooktop também é apontada por Alberto Radespiel como muito bem-vinda. “Embutido sobre bancada de mármore, granito, cilestone, é uma ótima maneira de ganhar espaço. Com o uso dos cooktops, as bancadas ficaram livres. E no lugar do forno do fogão tradicional, sempre projeto gavetões, que são práticos e dão ar de modernidade à cozinha.”
Para acomodar eletrodomésticos e portáteis, a solução é otimizar os espaços existentes em volta deles. “No caso da geladeira, do micro-ondas e do forno, prefiro colocá-los embutidos em armários, sendo que as laterais podem ser aproveitadas para vários fins: adegas, copos, temperos e até mesmo adornos”, diz Alberto Radespiel.
Izabel Souki diz que é possível encaixar a TV na cozinha em placa de madeira na porta de armários. “Ela deve ser protegida por lâmina de vidro temperado. Mas a essa solução nem sempre é possível recorrer sem um projeto, já que é necessário prever pontos elétricos e rede de TV para isso.”
Entretanto, as alternativas não se restringem apenas ao mobiliário e eletrodomésticos. Os revestimentos também podem ser utilizados de modo a transmitir sensação de amplitude. Basta escolher corretamente. “Pisos na diagonal dão sensação de amplitude. Nas paredes, revestiu com fórmica dá um bom resultado e é mais econômico, pois o material pode ser colado sobre qualquer superfície”, diz Alberto Radespiel.
O emprego dos materiais, mesmo que seja observada a necessidade de amplitude, também deve ser feito conforme o estilo do ambiente e a frequência de uso da cozinha. “Moradores que usam o espaço para cozinhar somente nos fins de semana podem usar laca colorida nos armários. Os que a usam diariamente, é mais prudente optar por laminados nos armários, já que são mais práticos e fáceis de limpar”, indica Izabel.
COR
Para escolher as cores, a especialista diz que as escuras tendem a reduzir ainda mais o ambiente. Mesmo assim, elas podem ser usadas quando mescladas a outras. Entre as sugestões mais indicadas para a cozinha estão o vermelho ou laranja, que, de acordo com a cromoterapia, abrem o apetite.
Clique aqui e veja mais fotos das cozinhas!
Quanto ao uso de pedras em bancadas, pisos e paredes, há muitas opções no mercado, segundo Izabel, e o interessado pode escolher entre as artificiais e as naturais. “Entre as opções de pedra natural está o granito e um exemplo de pedra artificial é o silestone ou corian, que tem uma gama de opções de cores para alegrar o ambiente. Um bom profissional fará uma bela composição.”
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