quinta-feira, 26 de maio de 2011

Móveis coloridos despontam como tendência em decoração



O receio em utilizar cores fortes para a decoração de interiores de residências, espaços de convivência, empreendimentos empresariais e comerciais é um mito com previsão de queda nas próximas estações. Segundo Izabel Souki, diretora do escritório Izabel Souki Engenharia e Projetos, muitas pessoas com receio de se “cansarem” rapidamente das cores usadas, pela dificuldade de combinar com móveis e outros objetos de decoração e, até mesmo, por desconhecerem como garantir harmonia para as tonalidades acabam optando por uma ambientação tradicional. “A mescla entre cores clássicas e diferenciadas no ambiente pode ser conquistada com a utilização de cores intensas em objetos de marcenaria e mobiliários que surgem como uma sólida tendência”, observa.
Izabel acaba de retornar do mais importante evento de design do mundo – o “Salão Internacional do Móvel de Milão”, onde conferiu as mais importantes novidades em conceitos e produtos durante sete dias. Apaixonada por decoração, ela afirma que dos destaques foram os designers brasileiros Pedro Paulo Franco e Sergio J. Matos com a apresentação de um novo conceito em poltronas criativas que mudam de forma e cor.
A especialista ainda ressalta que os mobiliários apareceram em cores fortes e vibrantes como amarelo, azul, violeta, vermelho, entre outras. Já, entre os móveis que mais ganharam evidência com as colorações foram as cadeiras, mesas, luminárias, marcenarias, armários e adornos. “É possível utilizar esses objetos na sala para criar um ambiente mais descontraído e alegre ao ‘brincar’ com as mistura de cores e formatos”, completa.
Já, as cores neutras como preto, branco e cinza continuam com espaço na decoração, mas, desde que misturadas às peças coloridas, aparecendo, principalmente, em sofás e marcenarias com uso liberado em quartos e cozinhas para criar um espaço mais clean e limpo, que não cansa e nem pesa o ambiente.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

INDÚSTRIA DA DECORAÇÃO




*** Izabel Souki ,  diretora do escritório “Izabel Souki Engenharia e Projetos”

O segmento de decoração e arquitetura, assim como o de moda, segue tendências e estilos mundiais e movimenta milhões de dólares todos os anos. Cerca de 60 países dominam esse mercado e têm um faturamento estimado de U$$ 376 bilhões, de acordo com o Centro de Pesquisas Industriais (CSIL). Entre os principais importadores estão Estados Unidos, Alemanha, França e o Reino Unido. Já os maiores exportadores são China, Itália, Alemanha e Polônia. As principais novidades do setor geralmente são ditadas em grandes eventos internacionais, como o Salão Internacional do Móvel, realizado recentemente em Milão. O que será percebido nos próximos meses em design de interiores diz respeito às cores utilizadas de forma estratégica, tanto em ambientes comerciais quanto em residenciais. A ousadia vem do uso de tons fortes e vibrantes em peças de mobiliário, iluminação ou marcenaria, nos locais compostos predominantemente por cores neutras. Esses detalhes em vermelho, amarelo, azul e violeta ajudam a dar destaque a diversas composições, sem perder o visual clean.
A reciclagem também estará em alta, e muitas peças poderão ser usadas com a finalidade de dar vida na seriedade do preto, do branco e do cinza. O estilo aparece atualmente em diversas formas, como cadeiras feitas com peças de roupas e mesas fabricadas com papelão. De forma surpreendente, esses materiais são transformados com estilo e design arrojado. O conceito de bom gosto pode ser reinventado sempre, agregando novas ideias e mesclando o clássico com outros tantos modos inovadores.
Para os ambientes corporativos, a tendência é compor o mobiliário em espaços amplos, sem divisões e globalizados, mostrando estações de trabalho de vários jeitos. No Ufficio, espaço da feira internacional destinada a escritórios, esse formato foi característica principal em grande parte dos estandes. Além de criar um visual moderno, aproxima a equipe, antes isolada pelas divisórias e mesas individuais.
Em todos os eventos de decoração é possível ver que o diferencial está em agregar novas tecnologias, formas e materiais. Eles enriquecem o conceito dos designers. Nas novas coleções apresentadas mundialmente, o polipropileno e o polietileno aparecem como boas opções de materiais utilizados. De forma geral, o que deve saltar aos olhos nos ambientes modernos é a sensação de conforto e acolhimento. Por isso mesmo o mobiliário é mais baixo, revestido com materiais que apliquem essa sensação ao olhar. E as cores entram para quebrar a linearidade, que muitas vezes cansa e entedia.
A Feira Internacional de Milão, que é a maior referência para profissionais da decoração, mostrou mais uma vez que o design ainda tem a capacidade de melhorar a vida das pessoas, tornando os ambientes mais agradáveis e relaxantes. E o nosso País está se tornando bom consumidor desses produtos e conceitos. Os brasileiros estão consumindo mais e o mercado imobiliário nunca registrou tamanha expansão. Por isso, cresce a demanda pelos profissionais de decoração e o mercado de móveis. Para se ter uma idéia, o ramo de móveis e colchões no Brasil cresceu em 13,2% em 2010 se comparado ao ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóveis). A Associação Bra­sileira de Designers de Interiores (ABD) também registrou expansão do setor em 500% na última década. Parte desse aumento se deve ao surgimento de um novo mercado: a classe C. Isso mostra que os brasileiros não só querem a casa própria, mas também conforto e bom gosto dentro do lar. As idéias e tendências mundiais vistos na Feira de Milão também podem ser adaptadas a essa nova realidade brasileira e aos novos consumidores brasileiros.